sábado, 12 de setembro de 2009

Menudo - Retorno


Uma campanha interessante me chamou a atenção na internet. Feita pelos - quase extintos - amantes do rock que acompanham as novidades do mercado fonográfico ''menos cor e mais rock'' confronta, claramente, a nova febre ‘’Power pop’’ que vem contagiando o cenário nacional de bandas novas.
Curiosamente, tudo começou nos anos oitenta. Bandas como ‘A-Ha’, roupas fluorescentes e sintetizadores dominaram por quase uma década as paradas musicas. E no Brasil, quase trinta anos depois, menininhos andrógenos estão tentando reviver as batidas de outrora da pior forma possível, misturado ao ‘glorioso’ emocore. A receita é simples: Abuse de ‘uô uô’ e ‘ié ié’, crie letras de rejeição amorosa, e sofra por isso, mas pra disfarçar seu sofrimento use roupas bem coloridas. E o principal, se você for feio nem comece a tentar que uma gravadora nunca vai te contratar, sua comunidade no Orkut não vai ter mais do que seus amigos e parentes e você não vai passar de uma dezena de seguidores no twitter.
Eu sei que gosto não se discute, e tenho que assumir que alguns deles, apesar do estereótipo, têm bastante talento musical, mas não consigo entender como bandas desse tipo tomam lugares de bandas com reais valores, não sei se o problema é de quem vende isso ou de quem consome, o certo é que isso se torna um ciclo vicioso das bandas tentarem ser sempre o que as gravadoras querem e estas, por sua vez, só investirem em bandas com o seu estereótipo criado. Quem paga com isso somos nós que vivemos um flashback dos menudos. Não se reprima.

André Chaves Ávila

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