domingo, 13 de setembro de 2009

Selva de concreto


O espaço urbano transborda, faz-se ver submersa a natureza, a fugacidade e o descaso típicos da atualidade têm refletido de forma cada vez mais direta em nossa “selva de concreto” como diria Bob Marley.
Chegamos ao nível em que recortes e panorâmicas não se distinguem, em meio às arvores e aos animais nativos se estabelecem humanos “nativos” e verdadeiros mega parques e centros de entretenimento que por ignorância classificam como lotes residenciais.
A política de residências para a classe média tornou a iminente verticalização em um processo já hoje saturado, a cidade esquenta, a brisa inexiste e o dinheiro é depositado em literais paraísos fiscais.
Vislumbro o momento em que não estranharão o concreto sobre a terra e as matas, mas sim o exótico aparecimento de uma planta em meio à nossa “selva de concreto”, momento este em que as políticas de verticalização estarão erradicadas por impossibilidade espacial e nas avenidas encontraremos o verde novamente, se os arquitetos, engenheiros e as construtoras assim desejarem.

“Nenhum sol vai brilhar no meu dia hoje”
“E transformou meu dia em noite”
“A escuridão tem coberto minha luz”
“Pois a vida, doce vida, deve estar em algum lugar para ser encontrada”
“Ao invés de selva de concreto onde viver é tão mais difícil”
(Bob Marley)

Danilo O. da Silva

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